A transição energética exige uma abordagem energética

Para que a transição energética seja bem-sucedida, o uso de energias renováveis deve ser maciçamente aumentado em todo o mundo. Até 2050, a parcela de energias renováveis nos Estados Unidos precisa, no mínimo, triplicar. A região da Ásia-Pacífico terá que aumentar sua participação de quatro a dez vezes em relação a 2020 - em comparação com a Europa, presumimos um aumento de três a quatro vezes. Mas esses ganhos só poderão ser alcançados se as condições estruturais forem adequadas, as barreiras regulatórias forem reduzidas e, principalmente, se o acesso a enormes quantidades de materiais for garantido.

Em meio a todos os investimentos maciços que precisam ser feitos, não podemos e não devemos ignorar a infraestrutura que já existe. Ela pode e deve ser usada como uma ponte para realizar a transição, mesmo que seja baseada em tecnologias convencionais. Ao mudar do carvão para o gás, podemos reduzir as emissões mais rapidamente. E, ao usar turbinas a gás que podem ser alimentadas com hidrogênio, estamos preparando o caminho para uma intensidade de CO2 ainda menor.

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A crescente participação das energias renováveis e o aumento da eletrificação exigem redes maiores e mais robustas que possam lidar com as flutuações desse tipo de energia. Precisamos de redes que não apenas atendam às necessidades de um determinado país, mas que também conectem a oferta e a demanda em uma região ou entre regiões. A Alemanha precisará acrescentar até 4.700 milhas de linhas de transmissão e os Estados Unidos até 600.000 milhas. E para os países em desenvolvimento, esse é um desafio ainda maior. Na África, muitos sistemas de energia ainda sofrem interrupções frequentes e instabilidades na rede - quase 25% das residências com acesso à eletricidade têm energia disponível em menos da metade do tempo.

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Infelizmente, os esforços atuais para reduzir as emissões estão sendo neutralizados pelo aumento contínuo da demanda de energia devido ao crescimento econômico e ao aumento da população. Portanto, a primeira e mais importante tarefa é conservar energia sempre que possível. Isso significa encontrar maneiras de aumentar significativamente a eficiência energética e exigir uma maior eletrificação dos processos industriais e do transporte. A eletrificação do setor de transportes atual dobraria aproximadamente a produção global de eletricidade. 

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São necessários mais materiais e minerais para a transição energética. Um carro elétrico típico requer seis vezes mais insumos minerais do que um veículo convencional, e uma usina eólica em terra requer nove vezes mais recursos minerais do que uma usina a gás. Desde 2010, a quantidade média de minerais necessários para uma nova unidade de capacidade de geração de energia aumentou em 50%, à medida que a participação das energias renováveis em novos investimentos aumentou.  Em um mundo incerto, é fundamental garantir que esses suprimentos permaneçam acessíveis e baratos.

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A transição energética é complexa, mas essencial. Vamos tornar o amanhã diferente hoje.