A energia sustentável tem gerado maior interesse da população, seja por bens de consumo ou devido a preocupação com o aquecimento global, fazendo com que diversos governos e empresas no mundo se esforcem para mudar a sua matriz energética.
Na Europa, por exemplo, potências industriais como Alemanha e França já criaram leis que determinam que até 2040 toda a frota de veículos deve ser abastecida com energia elétrica, abandonando de vez combustíveis de extração mineral como a gasolina, o diesel e o gás. Lá a transição de matriz energética caminha a passos mais consolidados, contando com o apoio de grandes indústrias.
No Brasil, ainda há muitos desafios a serem vencidos para que possamos cumprir a meta estabelecida na COP 21 - Conferência da ONU sobre mudanças climáticas realizada em Paris - de ter aproximadamente metade de nossa energia produzida de maneira sustentável.
Hoje o Brasil é o país onde há maior facilidade para se fazer a transição de combustíveis fósseis para matrizes de energia limpa. Do total de energia produzida e distribuída no país, 85% dela é proveniente de matrizes renováveis, sendo as hidroelétricas responsáveis por mais de 60% desse volume. O restante vem da produção de biomassa, etanol, eólica e solar (fotovoltaica), sendo que as duas últimas ainda estão em fase inicial de implantação e utilização.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o nordeste é responsável por cerca de 80% da energia eólica gerada no Brasil. O estado brasileiro que está na vanguarda é o Rio Grande do Norte com capacidade de 4.066 MW e 151 usinas. Destaque também para a Bahia com 3.951 MW e 153 usinas e o Ceará com 2.045 MW e 79 parques.
Apesar deste cenário animador, um dos principais desafios para consolidar a transição energética é substituir as matrizes de alimentação de indústrias dos setores automobilístico, de transformação de derivados do petróleo e termelétricas, respondem por 65% do consumo [1] [MBB((BCM2] de energia do país, sendo todas elas reféns do consumo de energia não renovável. Os dados são da Agência Internacional de Energia (EPE).
Para superar esse desafio da dependência de matriz energética mineral é necessário um esforço da sociedade e do governo na criação de condições e novas tecnologias que possam aproveitar a energia elétrica limpa para criar bens de consumo sustentáveis
Um ponto crucial para essa transição da matriz energética é o investimento em tecnologias que tornariam a captação dessa fonte de energia mais barata e possibilitariam o consumo estável em larga escala sem impactar negativamente em zonas de preservação ambiental.
Hoje no país a nossa maior fonte de energia sustentável é proveniente das hidroelétricas. Nesse caso, mesmo sendo fonte de energia limpa, a geração hídrica causa grande impacto ambiental nas regiões onde são construídas.
Um dos caminhos para melhorar esse cenário estaria na criação de instalações menos agressivas ao meio ambiente e às comunidades locais. Além disso, é fundamental deter uma atenção especial às linhas de transmissão, pois são instáveis e não garantem o fornecimento de energia elétrica ininterrupto.
Hoje as matrizes energéticas com menor percentual de geração de energia no Brasil são a solar e eólica, o que demonstra um horizonte amplo para o crescimento destas modalidades. O grande entrave para a adoção em massa dessas tecnologias são as questões de captação dos ventos e dos raios solares, que dependem muito da natureza e a construção de redes de transmissão sólidas.
Como essas matrizes dependem da natureza para a produção de energia, nem sempre é possível prever a capacidade de absorção dos raios solares pelos painéis e nem da força do vento para fazerem o sistema funcionar, pois em caso de chuva, excesso de nuvens ou um dia sem vento, a captação de energia fica prejudicada.
Para acelerar a transição para matrizes de energia limpa, a Siemens tem criado soluções de energia distribuída como sistemas de energia, geradores, caldeiras de recuperação de calor de vapor, sistemas de controle e admissão e exaustão, painéis elétricos, fornecimento e tubulação de combustíveis.
Com essas tecnologias, é possível planejar a construção de geradores de energia de acordo com os planos de investimentos da sua empresa de energia. Com investimento e custo de manutenção baixo, a empresa terá um sistema compacto com alto potencial de retorno financeiro.
Para as empresas com maior poder de investimento que buscam estruturas completas de geração de energia sustentável, a Siemens tem a disposição o DES (Sistemas de Energia Distribuída).
Com ele é possível construir pequenas unidades de captação, armazenamento e distribuição de energia solar, hídrica ou eólica com capacidade para abastecer pequenas empresas, casas, condomínios, aeroportos, hospitais, escolas e posto de gasolina com um custo baixo.
A adoção desse sistema tem como vantagem a construção das estações completas com custo baixo para o investidor, que poderá garantir a geração de energia para sua indústria e pequenas cidades.
Com o DES, além de ter o retorno rápido para o seu investimento, a empresa conquistará a independência energética, pois não precisará mais depender das instáveis linhas de transmissões convencionais.
Como vemos, ainda há muitos desafios para conseguir tornar a produção e distribuição de energia sustentável no Brasil. O caminho é longo, mas com pequenas soluções é possível vencer esses desafios e tornar o país um polo de energia limpa, reduzindo os impactos ambientais.