Grande parte da infraestrutura atual da rede elétrica foi construída há décadas para um fluxo unidirecional de eletricidade das usinas centralizadas de carvão e nucleares para os consumidores. Hoje, as redes precisam ser muito mais inteligentes e flexíveis: precisam lidar com fluxos elétricos bidirecionais, integrar a produção variável de parques solares e eólicos, e conectar milhões de recursos descentralizados, como painéis solares em telhados ou usinas locais de biomassa. Sem modernização e expansão urgentes, milhões de megawatts de projetos renováveis permanecem presos nas filas de conexão, estagnando a transição energética.
Até 2040, mais de 80 milhões de quilômetros de rede elétrica precisarão ser adicionados ou atualizados globalmente — aproximadamente o mesmo tempo que a reconstrução de toda a rede atual. E neste momento, mais de 3.000 gigawatts de projetos renováveis estão aguardando conexões à rede, sinalizando que os investimentos na rede estão muito atrás das instalações renováveis. Atualmente, apenas cerca de 60 centavos são gastos em rede e armazenamento para cada dólar americano investido em renováveis, mas a Agência Internacional de Energia (IEA) afirma que uma proporção de investimento 1:1 é essencial.
A modernização da rede não é mais opcional — é central para o cumprimento das metas climáticas.